Cerca de 13 mil medicamentos devem ficar até 11% mais caros em todo o País a partir de 1º de abril. A data vem sendo usada para a atualização das tabelas pelas farmácias a partir do percentual autorizado pelo Governo Federal. Em Fortaleza, algumas farmácias já avisam os consumidores sobre o aumento. A publicação com o percentual correto deve ser feita no Diário Oficial da União (DOU) desta noite.
Esse reajuste, no entanto, nem é obrigatório e nem deve começar imediatamente. Essa decisão leva em conta os estoques nas farmácias e a concorrência no setor, como explica o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini.
Josué Ubiranilson Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos Estado do Ceará (Sincofarma-CE), afirma que a atualização de preços imediata vai depender do quão a farmácia queira ser competitiva.
“O reajuste só entra em vigor a partir de amanhã (1º de abril). Isso leva até 5 dias para chegar ao consumidor final. Mas as farmácias, pela competitividade, podem repassar de imediato ou não”, avalia.
Compra antecipada é vantajoso ao consumidor
Questionado sobre o percentual, Alves admitiu que um aumento de até 11% é o mais elevado “dos últimos anos”, mas ponderou que as farmácias precisam atualizar os estoques e, como os preços nas indústrias foi elevado, era preciso aumentar no varejo de medicamentos também.
Já sobre o consumidor, ele diz: “Como presidente do Sincofarma, aconselho às pessoas que tomam esses medicamentos de uso contínuo para o tratamento de diabetes, hipertensão, artrose e demais que antecipem, porque vale a pena antecipar. Comprem para pelo menos dois ou três meses porque vai compensar.”