Operação do GAECO prende cinco suspeitos de fraude em licitações em Ipueiras e outros 19 municípios do Ceará

Cinco pessoas foram presas suspeitas de integrar organização criminosa que fraudava licitações para contratar cooperativas de mão de obra em mais de 20 municípios cearenses. O volume de recursos negociado é superior a R$ 180 milhões.

A operação cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Aracoiaba, Caucaia e Maracanaú, no Ceará, e em Piracuruca, no Piauí. Os alvos são agentes públicos, empresários e operadores do esquema.

Segundo o MPCE, Investigações apontam que a organização fraudava licitações para contratar cooperativas de mão de obra. Eles são investigados por crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública.

Nas buscas, foram apreendidos celulares, computadores e outros documentos relevantes para as investigações. Também foram autorizadas a quebra de sigilo bancário e telemático dos investigados e a indisponibilidade de bens de vários envolvidos.

De acordo com a apuração do Ministério Público, o esquema era praticado há pelo menos três anos nos municípios de Acopiara, Aracoiaba, Itapipoca, Boa Viagem, Brejo Santo, Crateús, Forquilha, Guaraciaba do Norte, Ipueiras, Irauçuba, Itapiúna, Jucás, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Quixeramobim, Salitre, Senador Pompeu, Tabuleiro do Norte, Tejuçuoca, Tururu e Umirim.

INVESTIGAÇÃO

A operação é resultado de investigação, iniciada em setembro de 2023, após e-mail anônimo enviado ao MPCE, que denunciava a existência de esquema criminoso envolvendo cooperativas de mão de obra em nome de “laranjas”.

A partir daí, foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal, que também uniu informações repassadas pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção – GECOC, órgão do MPCE, e pela Vara Única Criminal de Russas.

De acordo com a apuração, as cooperativas atuantes na área da saúde concorriam entre si, fraudando certames licitatórios. Como tinha o controle de todas as empresas, o grupo inflacionava as cotações de preços, garantindo um lucro maior. O dinheiro desviado era dividido entre agentes públicos, empresários e operadores.

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