Com a reversão do nível dos açudes após o final do período chuvoso, cai para 30 o número de reservatórios que estão sangrando no Ceará. Há menos de dez dias, eram 35 ainda transbordando. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), até esta quarta-feira, 26, o Estado está com 56,5% da capacidade hídrica dos 157 maiores reservatórios monitorados.
Entre os açudes sangrando, a maioria (11) se localiza na bacia da Região Metropolitana de Fortaleza, sendo: (1) Redenção, (2) Maranguape, (1) Aracoiaba, (1) Aquiraz, (1) Pacoti, (1) Cascavel, (1) Chorozinho, (1) Capistrano, (1) Caucaia e (1) Baturité. Segundo a Cogerh, o aporte deste ano garante o abastecimento hídrico da Grande Fortaleza pelos próximos cinco anos.
Outros 19 estão sangrando no interior do Estado nas bacias de (6) Acaraú, (4) Banabuiú, (3) Coreaú, (3) no Litoral, (2) no Curú e (1) no Médio Jaguaribe. Ao todo, 76 reservatórios chegaram a 100% da capacidade em 2024. Em abril, eram 72 vertendo ao mesmo tempo, o que representou a melhor marca desde 2009. Esse volume é resultado da temporada mais chuvosa em 15 anos.
A bacia de Coreaú é a que registra maior volume percentual armazenado, com 98,5%. A região, contudo, é apenas a terceira menor do Ceará, com capacidade para 292,42 hm³. A bacia hidrográfica do Médio Jaguaribe, maior em capacidade do Estado, atualmente se encontra com 26,75% do volume total preenchido.
É na bacia do Médio Jaguaribe que se localiza o Castanhão, localizado no município de Alto Santo e maior açude da América Latina. O reservatório tem capacidade para comportar 6.700 bilhões de metros cúbicos (m³) de água. Contudo, atualmente apenas 35,86% do potencial preenchido, ele ainda poderia encher qualquer açude do Brasil.