Mais dez policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por participação indireta no motim ocorrido no Ceará em 2020. Os agentes são acusados de “omissão de lealdade militar e crime de atentado contra viatura”. A reportagem apurou que, em pouco mais de um ano, pelo menos 200 PMs foram denunciados devido ao fato.
Em uma das denúncias constam nomes de sete PMs, são eles: o 1º tenente Edgar Martins de Freitas Neto, os cabos Geldson Coelho de Araújo, Thiago Rodrigues de Lima, Wilson Araújo Lacerda e José Batista Neto; e os soldados Pedro Danilo Morais da Silva e Luiz Cláudio de Sousa Júnior.
No último dia 29 de abril, a Justiça acolheu a denúncia tornando o grupo réu. De acordo com a acusação, no dia 18 de fevereiro de 2020, os militares estavam em um posto de combustível, na Avenida Doutor Theberge, quando foram surpreendidos por homens encapuzados anunciando que iriam tomar uma viatura.
O fato
Parte dos militares estava fora da viatura enquanto o carro era abastecido, os demais policiais estavam dentro de outra viatura já com o abastecimento concluído. Todos eles foram interpelados por homens que exigiram que as viaturas fossem entregues.
“Daí é que os militares que estavam desembarcados nada fizeram, e apenas passivamente assistiram os mascarados sentarem-se a bordo da viatura e seguirem para destino desconhecido, enquanto os policiais militares da outra viatura também nada fizeram, e passivamente, no conforto do assento da viatura, a tudo assistiram, prestando seu endosso para aquele arrebatamento”, disse o Ministério Público.