A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou nesta segunda-feira (10) o uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech em adolescentes de 12 a 15 anos. A aplicação do imunizante só era permitida, até então, em pessoas com 16 anos ou mais.
“A ação de hoje permite que uma população mais jovem seja protegida da Covid-19, aproximando-nos do retorno à normalidade e do fim da pandemia”, afirmou em nota a comissária em exercício da FDA, Janet Woodcock.
Uma revisão rigorosa e completa de todos os dados disponíveis da vacina foi realizada, segundo Woodcock, e a avaliação concluiu que os benefícios do imunizante para pessoas com 12 anos ou mais superam os riscos associados à aplicação do produto.
“Ter uma vacina autorizada para uma população mais jovem é um passo crítico para continuar a diminuir o imenso fardo de saúde pública causado pela pandemia de Covid-19”, disse o diretor do Centro de Avaliação de Produtos Biológicos da FDA, Peter Marks.
O Canadá tornou-se na última quarta-feira (5) o primeiro país a autorizar o uso do imunizante para essa faixa etária.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia destacado o papel crucial que a vacinação de adolescentes teria no desenvolvimento da vasta campanha de imunização do País. E chegou a dizer que assim que houvesse autorização do FDA o País agiria “imediatamente”.
Cerca de 20 mil farmácias devem ter condições de vacinar os adolescentes nos próximos dias, e depois as doses também serão enviadas aos pediatras, explicou.
Duas outras vacinas foram aprovadas nos Estados Unidos, Moderna e Johnson & Johnson, ambas a partir dos 18 anos.
VACINA PARA ADOLESCENTES
A aliança Pfizer/BioNTech tinha apresentado o pedido de extensão da autorização de uso emergencial para sua vacina no começo de abril.
Os resultados dos testes com 2.260 menores de 18 anos nos Estados Unidos demonstraram “respostas sólidas de anticorpos” depois de serem aplicados e a vacina foi “bem tolerada”, haviam informado as duas empresas no fim de março.
Os adolescentes costumam desenvolver formas mais brandas de Covid-19 do que os adultos. Por isso vaciná-los não foi uma prioridade até o momento. No entanto, eles transmitem a doença e, assim, sua imunização deve ajudar a conter a pandemia. Isso também facilitará a reabertura de escolas em tempo integral.
De 1º de março de 2020 a 30 de abril de 2021, cerca de 1,5 milhão de jovens com idades entre 11 e 17 anos contraíram a Covid-19, segundo as autoridades sanitárias americanas.
No que diz respeito aos mais jovens, a Pfizer/BioNTech anunciou na semana passada que esperava apresentar nos Estados Unidos um pedido de uso emergencial em setembro de sua vacina para crianças de 2 a 11 anos.
O pedido de autorização do imunizante para crianças de 6 meses a 2 anos poderia ocorrer “no quarto trimestre”, havia dito o chefe da Pfizer, Albert Bourla, durante uma teleconferência sobre os resultados trimestrais do laboratório americano.