Os preços das cervejas da Ambev vão aumentar entre 6% e 8% em todo o País e os estabelecimentos de alimentação fora do lar não têm como segurar essa alta, que será repassada ao consumidor integralmente. O encarecimento se dará em embalagens deste 600ml até descartáveis.
A informação é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), que esclarece que o encarecimento será a partir da segunda-feira, 4 de outubro, na Ambev, mas somente começará a valer quando os estoques dos estabelecimentos forem renovados.
Taiene Righetto, presidente Abrasel-CE, informa que o aumento no valor da gelada vai variar muito do tipo de distribuidora e embalagem, mas vai de 6% a 8%. Ele acrescenta que no Ceará o sentimento do impacto é muito grande, pois na Grande Fortaleza, por exemplo, há uma das maiores inflações do País.
O empresário ainda se queixa das restrições de funcionamento dos restaurantes no Estado, que continuam com capacidade de operação reduzida em 50%, além disso, o limite de hora é até uma da manhã.
Outro peso no orçamento dos bares e restaurantes detalhado por Taiene é a energia elétrica e o aluguel. “A negociação com imobiliárias tem sido difícil”, diz. Acrescenta ainda que o faturamento dos empreendimentos está a 65% do nível pré-pandemia. “Não tem outra saída. Esse impacto (valor maior das cervejas) vai ser sentido por todo mundo”.
Sobre a Ambev, ele diz que entende o aumento, pois a alta na conta de luz também chegou para a indústria, bem como a inflação nos preços dos insumos para produção de cerveja.
Sem impostos e fretes, a alta acumulada em 2021, de janeiro a agosto, chega a 4,11% nos preços de porta de fábrica das bebidas, e de 5,89% nos últimos 12 meses, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Preços na indústria
O aumento de preços pode ser visto na indústria como um todo, que subiram 1,86% frente ao mês anterior em agosto.
Com isso, as 24 atividades analisadas tiveram alta de valores o que somente havia ocorrido em agosto de 2020.
Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo IBGE, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete das indústrias extrativas e da transformação.
No ano, o aumento acumulado nos preços da indústria chegou a 23,55% e, em 12 meses, a 33,08%.
“A demanda aquecida do comércio internacional e a desvalorização do Real frente ao dólar vêm impactando os preços industriais no mercado interno. O movimento dos preços do minério de ferro e do óleo bruto do petróleo, por exemplo, afeta de forma quase direta os setores de químicos, de refino e de metalurgia. No setor alimentício, as exportações de commodities, como soja e milho, pressionam para cima os custos das rações para animais e, por consequência, das carnes”, esclarece Manuel Souza Neto, gerente do IPP.
O setor de alimentos foi o que mais influenciou o resultado geral do IPP de agosto (0,51 ponto percentual). Na comparação com o mês de julho, os alimentos subiram 2,19%, sendo a sétima taxa positiva observada ao longo do ano (a única negativa foi a de junho, em 0,14%) e a segunda maior de 2021, perdendo apenas para os 2,66% registrados em abril. No ano, o segmento acumula alta de 12,47%.
Veja as marcas vendidas pela Ambev
- Adriática
- Andes
- Antarctica
- Beck’s
- Berrió do Piauí
- Bohemia
- Brahma
- Budweiser
- Caracu
- Cervejaria Colorado
- Corona
- Esmera de Goiás
- Franziskaner
- Goose Island
- Hoegaarden
- Kona
- Leffe
- Legítima
- Magnífica do Maranhão
- Michelob Ultra
- Modelo
- Nossa
- Original
- Patagonia
- Polar
- Serramalte
- Serrana
- Skol
- Spaten
- Stella Artois
- Três Fidalgas
- Wäls
- Chopp Brahma
- Chopp Brahma Black