O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apareceram de máscaras nessa quarta-feira, 10, para sanção de lei que facilita a compra de vacinas. Na condução da pandemia, o mandatário levantou suspeição quanto à eficácia dos imunizantes e criticou até mesmo o uso de máscaras de proteção.
O uso do equipamento e mudança no discurso ocorrem logo após o discurso de Lula (PT) em São Bernardo do Campo (SP). Ele divergiu frontalmente do modo como a administração federal lida com a crise.
“O Governo federal não poupou esforços, não economizou recursos para atender a todos os estados e municípios, foi então quase que uma campanha que permeou os quatro cantos do Brasil. Nenhum prefeito ou governador reclamou de falta de recursos para que tivesse leitos”, falou Bolsonaro em discurso.
Também nesta quarta-feira, o primogênito do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, disse em grupo de Telegram para que seguidores viralizassem foto do pai com o dizer: “nossa arma é a vacina.”
“Quero avisar que semana que vem vou tomar minha vacina. E vou fazer propaganda da vacina. Todos tem que tomar”, disse o líder petista nesta quarta-feira, 10. E endereçou ataque a Bolsonaro: “Quero pedir a vocês: não sigam nenhuma decisão imbecil do presidente da República. Tomem vacina.”
No dia em que o Brasil registrou 1.582 novas mortes por Covid-19, 25 de fevereiro, o militar questionou o uso eficácia da máscara e a prática do isolamento social – ambas medidas chanceladas pela comunidade científica.
“Começam a aparecer os efeitos colaterais das máscaras”, disse, sugerindo um malefício sabidamente inverídico que seria provocado pelo equipamento de proteção.