Após levar 60 socos do namorado, mulher passa por cirurgia e pode ficar com sequelas

 Crime aconteceu no dia 26 de julho, em Natal
Foto: Internet

Após passar por uma cirurgia de reconstrução dos ossos da face, a mulher que foi espancada com pelo menos 60 socos do namorado no elevador de um condomínio em Natal (RN) deve ficar com sequelas. A informação foi confirmada pelo cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pelo procedimento realizado na última sexta-feira (1º).

“É muito provável que sim. Porque nesse tipo de situação, na maioria dos pacientes a gente consegue fazer uma união perfeita desses tecidos ósseos, e nessa situação a gente teve muitos fragmentos distantes uns dos outros mesmo com as fixações”, explicou o dentista ao g1.

“Então, tivemos que utilizar placas mais rígidas, placas com perfis mais grossos, mais fortes, para que realmente tivesse uma condição mais apropriada para permanecer com o esqueleto facial de uma forma mais fixa”, completou.

O principal desafio foi conseguir reestruturar os fragmentos da face, já que havia muitas fraturas. Apesar das dificuldades da cirurgia, que durou mais de sete horas, o hospital avaliou que o procedimento ocorreu “com sucesso”.

A recuperação da vítima, que inclui o retorno total da fala e da mastigação, deve levar pelo menos um mês e meio. Até este sábado (2), ela permanecia internada no hospital para o pós-operatório.

BRUTALIDADE DO CRIME CHOCOU JUÍZA

O crime aconteceu no dia 26 de julho e foi registrado por câmeras de segurança do condomínio onde a vítima e o agressor, o o ex-jogador de basquete Igor Cabral, estavam. Igor foi preso em flagrante e irá responder por tentativa de feminicídio.

As imagens que retratam a violência contra a vítima chocaram e repercutiram em todo o País. Em entrevista à TV Record, a vítima afirmou que nem mesmo a juíza que realizou a audiência de custódia de Igor Cabral conseguiu ver o vídeo das câmeras de segurança até o final.

Na ocasião, Juliana disse que pretende seguir a vida longe do ex-namorado, e que está se reconstruindo aos poucos. Ela ainda alerta que os sinais ao mínimo de agressão não podem ser ignorados.

“Ele já havia me empurrado antes, já havia cometido muita violência psicológica, isso era muito constante. Em rede social, ele já chegou a me expor e a falar exatamente o contrário do que era. Ele me culpava pelas coisas que ele fazia e me tratava de uma maneira muito rude na frente de todo mundo. Isso nunca foi um segredo. Mas eu não pensava que isso poderia acontecer, um atentado contra a minha vida”, detalhou Juliana.

ONDE BUSCAR AJUDA NO CEARÁ

Qualquer pessoa pode denunciar casos de violência doméstica. Caso não haja Delegacia de Defesa da Mulher no município, qualquer distrito policial deve acolher a vítima para a denúncia.

GERAIS

  • 190 – Polícia Militar
  • Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher

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