No pior momento da pandemia de coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou parte do tempo de sua live semanal, na última quinta-feira 18, para simular uma pessoa com falta de ar e criticar recomendações de seu ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta. A imitação ocorre num momento em que há superlotação de UTIs e escassez de medicamentos necessários para intubação em partes do País.
Bolsonaro disse que aqueles que criticam o que ele chama de “tratamento inicial” contra o coronavírus, com remédios que não possuem eficácia contra a doença comprovada cientificamente, devem procurar um hospital caso sentisse algum sintoma de coronavírus, como orientava Mandetta. Em julho de 2020, o Ministério da Saúde começou a orientar que todos aqueles com sintomas suspeitos de Covid-19 recorressem ao atendimento médico.
“O apelo que eu faço a quem é contra, sem problemas. Se você começar a sentir um negócio esquisito lá, você segue a receita do ministro Mandetta. Você vai para casa, e quando você estiver lá… (sons de sufocamento) com falta de ar, aí você vai para o hospital”, disse. E seguiu: “Na época eu perguntei pro Mandetta: o cara com falta de ar vai para o hospital para fazer o quê?”, disse, dando a entender que a resposta do ex-ministro foi “para ser entubado”.
BRASIL
Chegaremos à 300 mil mortes pela #COVID19 na próxima semana.
Em 20 dias, poderemos ter o estoque de "kit intubação" zerado e mortes em massa nas UTI's.
Estados como MG já alertam, e algumas cidades menores sofrem, falta de oxigênio.
E Bolsonaro "imitando" falta de ar👇 pic.twitter.com/5UWxyLVto6
— Contagem coronavírus – Brasil (Notícias 24 horas) (@contagemcorona1) March 19, 2021