A circulação de novas sublinhagens do coronavírus no Ceará tem provocado aumento expressivo de casos em vários municípios. Desde a última semana de novembro, já foram confirmados 5.140 casos no Estado. Quatro a cada dez (40,7%) testes feitos nos últimos 7 dias deram positivo, de acordo com os dados disponibilizados pelo Integra SUS, da Secretaria da Saúde (Sesa), até a última sexta-feira (6).
As infecções pelo coronavírus voltaram a crescer no mês passado, e já representam, de lá para cá, mais de um terço dos casos registrados no ano. Na semana epidemiológica 46 (10 a 16/11), foram 268 casos, subindo para 752 na semana 47 (17 a 23/11). Na seguinte, a 48 (24 a 30/11), foram mais de 3 mil testes positivos.
Nos primeiros dias de dezembro, a alta se mantém: entre o dia 1º e essa quinta-feira (5), já foram confirmados 2.034 casos. Em 2024, mais de 14,3 mil testes deram positivo no Ceará. Todos os números devem passar por alterações, já que estão em atualização pela Sesa.
Aumento súbito
O aumento da transmissão do coronavírus no Ceará foi “relativamente súbito”, o que já indicava a existência de uma nova subvariante, como destaca Antonio Lima, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa.
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) detectou as subvariantes XEC e LP.8.1 em circulação no Estado. A LP.8.1 foi encontrada em Fortaleza, Sobral, Quixeré, Caucaia e Maracanaú. Já a XEC foi isolada na Capital e em Caucaia. Ambas estão ligadas à linhagem JN.1, predominante no Ceará.
O que fazer se tiver sintomas
Os atuais sintomas mais comuns de Covid são os de um quadro gripal, como febre, dor de garganta, coriza e tosse. De acordo com a Sesa, o paciente que apresentar esses quadros deve procurar um posto de saúde.
Caso as manifestações sejam mais graves, como falta de ar, dor no peito ou alterações decorrentes de doenças crônicas (diabetes ou pressão alta, por exemplo), a recomendação é buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que atende urgências e emergências mais complexas.
Ao apresentar sinais de Covid, o paciente deve esperar até o terceiro dia de sintomas para realizar o teste. Nas UPAs, segundo publicação da Sesa, os testes são realizados em pacientes hospitalizados.