A Justiça decidiu não levar a júri popular quatro policiais militares acusados de participarem da Chacina de Quiterianópolis, no Ceará. A reportagem teve acesso à decisão proferida a favor dos agentes, proferida por juízes de Direito em Colegiado na 1ª Vara Criminal da Comarca de Tauá, nesta terça-feira (6).
Foram impronunciados os PMs: Francisco Fabrício Paiva Lima, Charles Jones Lemos Júnior e Dian Carlos Pontes Carvalho. Já o réu Cícero Araújo Veras foi absolvido sumariamente pelas mortes.
O crime aconteceu em outubro de 2020 e foi atribuído aos grupo de militares. Cinco pessoas foram mortas a tiros, dentro de uma residência. Morreram: José Renaique Rodrigues de Andrade, Irineu Simão do Nascimento, Antônio Leonardo Oliveira, Etivaldo Silva Gomes e Gionnar Coelho Loiola.
A Polícia trabalhou com duas linhas de investigação, ambas ligadas aos históricos criminais de duas vítimas, José e Irineu, que tinham passagens pela Polícia por roubo e ainda estariam na vida criminosa.
O advogado Daniel Maia afirma que: “a decisão de impronúncia, mais que uma vitória da Defesa, é uma vitória da Justiça, a qual reconheceu que todas as provas da acusação são nulas por serem fruto de uma investigação tendenciosa. O Ministério Público não deve nem recorrer, pois não tem fundamento jurídico ou moral para tanto”.