Criminosos do Ceará usam o Rio há pelo menos 7 anos como refúgio após homicídios

Há pelo menos sete anos, criminosos cearenses da facção criminosa Comando Vermelho (CV) usavam o Rio de Janeiro como refúgio após homicídios cometidos na região Norte do Estado. As informações foram detalhadas durante coletiva de imprensa do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), nesta segunda-feira, 30, em Fortaleza.As investigações revelaram que os homicidas se escondiam na região da Dionéia, na comunidade da Rocinha, sob proteção do líder do CV em Santa Quitéria, identificado como Anastácio Paiva Pereira, o “Doze” ou “Paulinho Maluco”, de 36 anos, que mora na região carioca.

Conforme o diretor de Polícia Judiciária da Região Norte do Estado (DPJI/Norte), delegado Marcos Aurélio, as investigações do Departamento de Inteligência identificaram que, neste local, estariam quase todos os fugitivos do CV que praticaram homicídios nos municípios de Santa Quitéria, Sobral, Crateús, Boa Viagem, Varjota, entre outros.

“Nós começamos a investigar os homicídios e a perceber que havia uma coisa em comum entre todos eles. Nós identificamos que, assim que saia mandado de prisão, eles fugiam e estavam morando no mesmo quarteirão, no mesmo bairro, na mesma localidade que o mentor dos ataques da Santa Quitéria, que é o conhecido vulgo Paulinho Maluco [o Doze]”, disse o delegado.

Ainda segundo o diretor, a liderança estava dando refúgio e acolhendo todos os criminosos que cometeram homicídio na região e que são vinculados ao Comando Vermelho.

As investigações apontam que a ida dos suspeitos para a região carioca começou, pelo menos, desde 2018. Com a investigação direcionada, foi possível localizar também os imóveis em que os criminosos estavam morando.

Entre outros elementos da investigação, foi identificado que um homem teria saído da Rocinha com destino à Santa Quitéria com objetivo de interferir nas eleições em 2018. Na região, foram identificadas pichações e ataques a eleitores da oposição do candidato à prefeitura, José Braga Barrozo, conhecido como Braguinha (PSB).

O cenário se repetiu no pleito do ano passado. Em maio passado, a Justiça do Ceará determinou a cassação dos diplomas do prefeito e do vice Francisco Gardel Mesquita Ribeiro, conhecido como Gardel Padeiro (PP).

 

 

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