Nesta quarta-feira, 11, o atentado contra os maiores símbolos do governo dos Estados Unidos, ocorrido em Washington (D.C.), Nova York (NY) e Shanksville (PA), completa 23 anos. O ataque de 11 de setembro de 2001, que abalou profundamente a história americana e mundial, foi executado pela organização terrorista Al-Qaeda, levando os Estados Unidos a um período de mudanças intensas em sua política de segurança e combate ao terrorismo.
Naquela terça-feira de 2001, quatro voos comerciais foram sequestrados por 19 membros da Al-Qaeda e lançados contra alvos estratégicos em solo americano, incluindo importantes símbolos econômicos, militares e políticos dos EUA. Assim, o ataque de 11 de setembro entrou para a história como um dos eventos mais impactantes do século XXI.
Durante o atentado de 11 de setembro, duas aeronaves colidiram com as Torres Gêmeas do World Trade Center, localizadas na Greenwich Street, em Nova York, causando a morte de milhares de pessoas e destruindo os icônicos edifícios.
8h46 – O primeiro avião
O voo 11 da American Airlines, um Boeing 767 que seguia de Boston para Los Angeles, com 92 pessoas a bordo – incluindo cinco jihadistas -, colidiu a 790 km/h contra a Torre Norte do World Trade Center (WTC). O impacto abriu um buraco nos andares superiores, que rapidamente ficaram em chamas.
Todos os ocupantes da aeronave e muitos trabalhadores da Torre Norte morreram instantaneamente. Esse momento marcou o início do atentado de 11 de setembro.
9h03 – Ataque à segunda torre
O voo 175 da United Airlines, também um Boeing 767 que partiu de Boston com destino a Los Angeles, transportava 65 pessoas, incluindo cinco sequestradores. Às 9h03, a aeronave colidiu com os andares superiores da Torre Sul a 950 km/h, gerando uma explosão devastadora.
Todos os ocupantes e vários trabalhadores da torre morreram no impacto, agravando ainda mais a tragédia de 11 de setembro. Até o ataque de 11 de setembro, o complexo do World Trade Center era composto por sete edificações, incluindo as icônicas Torres Gêmeas, de 417 e 415 metros de altura, que, quando inauguradas em 1973, eram os edifícios mais altos do mundo.
O ataque às torres, transmitido ao vivo por emissoras de televisão ao redor do mundo, mostrou o caos e a destruição causados em Nova York. Inicialmente, acreditava-se que o choque do primeiro avião era um acidente, mas essa percepção mudou drasticamente com o segundo impacto, confirmando que os Estados Unidos estavam sob ataque.
Enquanto o caos tomava conta de Nova York, o presidente George W. Bush estava em uma escola primária na Flórida, lendo uma história para crianças. Seu chefe de gabinete, ao saber do segundo ataque, sussurrou em seu ouvido: “Um segundo avião atingiu a outra torre. Os Estados Unidos estão sob ataque.”
9h25 – Fechamento do espaço aéreo
Pouco depois, a Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou o fechamento total do espaço aéreo, proibindo todas as decolagens e forçando as aeronaves em voo a aterrissar o mais rápido possível.
O Pentágono no 11 de setembro de 2001
Às 9h37, um terceiro avião, o voo 77 da American Airlines, um Boeing 757 com 64 pessoas a bordo, foi sequestrado e colidiu contra a fachada oeste do Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos EUA, localizada na Virgínia. Ao todo, 184 pessoas morreram nesse ataque, que foi uma das partes mais devastadoras do atentado de 11 de setembro.
9h42 – Todos os aviões devem pousar
Após o ataque ao Pentágono, a FAA ordenou que todos os voos comerciais sobrevoando os EUA pousassem imediatamente.
O colapso do World Trade Center
9h59 – A Torre Sul desaba
A Torre Sul do World Trade Center desabou às 9h59, apenas 56 minutos após ser atingida. O colapso causou pânico generalizado em Manhattan, com pessoas tentando fugir da enorme nuvem de fumaça e poeira que tomou as ruas. A torre caiu em apenas 10 segundos, deixando centenas de vítimas sem vestígios.
10h28 – A Torre Norte desaba
Meia hora depois, às 10h28, a Torre Norte também colapsou. O prédio desabou 102 minutos após o primeiro impacto, cobrindo o sul de Manhattan com uma densa nuvem de poeira e destroços. Além das torres, outros prédios do complexo também foram destruídos, incluindo o World Trade Center 7.
Durante o colapso das torres, 345 bombeiros perderam suas vidas no cumprimento do dever, tentando resgatar pessoas presas nos edifícios.
O voo 93 e o ataque em Shanksville (PA)
Às 10h03, o voo 93 da United Airlines, um Boeing 757 com 44 pessoas a bordo, caiu em um campo aberto em Shanksville, Pensilvânia. Esse avião havia sido sequestrado por quatro jihadistas e, segundo investigações, o alvo original seria o Capitólio ou a Casa Branca, em Washington D.C.
Os passageiros, ao saberem dos ataques em Nova York e no Pentágono, lutaram contra os terroristas, resultando na queda do avião e impedindo que mais vidas fossem tiradas durante o atentado de 11 de setembro.
Após o atentado de 11 de setembro, as forças armadas dos EUA foram colocadas em estado de alerta máximo. O presidente George W. Bush, em seu discurso à nação, prometeu perseguir e punir os responsáveis pelos ataques, classificando-os como “atos terroristas desprezíveis e perversos”.
O impacto duradouro do 11 de setembro
O atentado de 11 de setembro deixou quase 3.000 mortos e marcou a primeira vez, desde Pearl Harbor, que os EUA foram atacados em seu próprio território. Além disso, o impacto a longo prazo incluiu um aumento no orçamento de defesa e uma atenção global redobrada ao terrorismo.
Muitas das vítimas do atentado de 11 de setembro eram estrangeiros, com mais de 90 nacionalidades representadas entre os mortos. A idade das vítimas variava de 2 a 85 anos, sendo que a maioria era composta por homens.
Os ataques de 11 de setembro expuseram mais de 400 mil pessoas a materiais tóxicos, como chumbo e amianto. Até o final de 2018, mais de 2.000 pessoas haviam morrido em decorrência de doenças relacionadas à exposição a essas substâncias.
O número de policiais que morreram de doenças relacionadas ao trabalho no atentado de 11 de setembro também aumentou significativamente ao longo dos anos, ultrapassando em muito os 23 oficiais que perderam suas vidas no próprio dia do ataque.