O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP) foi acusado de agredir a companheira no apartamento, em Santos (SP), no último sábado (14). Betina Grusiecki relatou que vive uma união estável com o parlamentar há três anos.
Conforme Boletim de Ocorrência, a nutricionista Betina Grusiecki conta que após Da Cunha ingerir bebida alcoólica, ele começou a xingá-la de “lixo” e “putinha“. Em seguida, a nutricionista começou a ser agredida.
Betina contou ainda às autoridades que desmaiou após ter o pescoço apertado e bater a cabeça na parede. A mulher, quando acordou, ao ver o parlamentar ir em sua direção, jogou um secador de cabelos nele.
VOU ENCHER DE TIROS A SUA CABEÇA, VOU TE MATAR E MATAR SUA MÃE’
Os xingamentos por parte do deputado federal continuaram. Ainda agredindo a cabeça da companheira em direção à parede, ele seguiu com as ameaças. “Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe”, teria dito o parlamentar.
Da Cunha também quebrou os óculos e destruiu roupas da nutricionista. Betina ainda descreveu à Polícia o comportamento agressivo do deputado com a ex-companheira. A nutricionista solicitou medida protetiva.
O QUE DIZ A DEFESA DE DA CUNHA
O parlamentar alegou que não agrediu a companheira, conforme informou a assessoria de imprensa dele.
“Houve uma discussão, em meio à comemoração de seu aniversário, mas em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte”, dizia comunicado.
QUEM É DA CUNHA
Da Cunha é deputado federal e foi o 24º candidato mais votado em 2022, no Estado de São Paulo, com 181.568 votos pelo Partido Progressistas.
O delegado viralizou nas redes sociais após publicar vídeos de operações policiais e o cotidiano de agentes. Ele possui mais de 3,6 milhões de inscritos em seu canal no Youtube.
Segundo o parlamentar, ele teria sido afastado da corporação, em 2021, após ter dito que “que há grande corrupção no alto escalão da PM do Rio de Janeiro” e que há ratos na Polícia, durante podcast com o vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (PSD).
Ainda em 2021, ele pediu licença de dois anos da Polícia Civil e admitiu ter encenado uma operação em que liberta um refém de um cativeiro na comunidade da Nhocuné, em São Paulo, realizada em julho de 2020.