O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) é um dos alvos da operação Underhand da Polícia Federal (PF) deflagrada, na manhã dessa terça-feira (8), em cidades do Ceará e do Distrito Federal. A ação investiga uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais. Em nota, o deputado nega envolvimento e diz que “a verdade dos fatos prevalecerá”.
Os agentes da corporação cumprem 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos seguintes localidades:
- Fortaleza (CE);
- Nova Russas (CE);
- Eusébio (CE);
- Canindé (CE);
- Baixio (CE);
- Brasília (DF).
A reportagem apurou que um dos endereços de cumprimento das ordens é o gabinete de Júnior Mano, na Capital federal.
A PF detalha que o núcleo criminoso é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.
Além dos mandados de busca, foi determinado o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. Conforme a corporação, a medida visa interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar ativos para eventual reparação ao erário.
Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral.
O que diz Júnior Mano
Em nota, a assessoria do político afirma que ele não tem participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.
“Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.”
O comunicado ainda diz que Júnior confia nas instituições, em especial no Judiciário e na PF, e reitera “o compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”.
Por fim, afirma que o parlamentar tem plena convicção de que “a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.”
A liderança do PSB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Pedro Campos, também se manifestou. “Esperamos que todos os fatos sejam investigados e esclarecidos o mais breve possível, respeitando o devido processo legal e a ampla defesa do deputado Júnior Mano.”



