Destroços de um foguete de 22 toneladas devem cair em área habitada da terra neste sábado

Os destroços de um foguete chinês descontrolado devem cair em águas internacionais no próximo sábado, 8. De acordo com a avaliação de analistas do espaço consultados pelo jornal China Global Times, a situação não deve preocupar as pessoas, pois é “muito provável” que não caia em áreas habitadas, o que ocasionaria possíveis danos.

O foguete chinês foi utilizado no lançamento de um módulo que marca o início do plano de Pequim, de construção de uma estação espacial que deve ficar completa no fim de 2022. O módulo foi lançado em um dos maiores foguetes de transporte que a China tem, precisamente o mesmo que está agora em queda descontrolada, de acordo com o Pentágono.

Conforme o Esquadrão de Controle Espacial norte-americano, o local exato de reentrada do equipamento só pode ser determinado algumas horas antes de ocorrer. Apesar de a maior parte dos destroços acabar por se incendiar na entrada na atmosfera, o tamanho do foguete, de 22 toneladas, cria o receio de que algumas partes podem não se desintegrar e eventualmente atingir áreas da Terra.

Apesar de tudo, o risco é pequeno. Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard, disse que a situação não deve criar grandes problemas. “Acho que as pessoas podem ficar descansadas. O risco de atingir alguma coisa ou alguém é muito pequeno. Pode acontecer, mas não perderia o meu sono por causa dessa possibilidade tão pequena”. O astrofísico concorda que a melhor aposta sobre onde os destroços vão cair é no oceano Pacífico, simplesmente “porque ocupa o maior espaço da Terra”.

Leia mais sobre o foguete lançado

A China lançou na última quinta-feira, 29, o módulo principal da sua primeira estação espacial permanente, que visa hospedar astronautas a longo prazo. O módulo Tianhe, ou “Harmonia Celestial”, foi lançado ao espaço recorrendo ao foguete Longa Marcha 5B, a partir do Centro de Lançamento de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país.

Este foi o primeiro lançamento de 11 missões necessárias para construir e abastecer a estação e enviar uma tripulação de três pessoas até o fim do próximo ano. O programa espacial da China também trouxe de volta as primeiras amostras lunares em mais de 40 anos e espera pousar uma sonda e um rover (veículo de exploração espacial) na superfície de Marte no próximo mês.

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