O deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) sinalizou que o estremecimento na relação entre o senador Cid Gomes (PSB-CE) e o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), é reversível e cobrou diálogo das principais lideranças do Estado, incluindo participação do ministro da Educação, Camilo Santana (PT). O rompimento de Cid com a gestão Elmano ocorreu na esteira da indicação de Fernando Santana (PT) para a Presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Cid e outros aliados afirmam que não foram consultados sobre a indicação para a Casa. Um dos interlocutores próximos do senador, Bismarck destacou que Cid ainda não definiu os rumos do rompimento ou se este estaria, de fato, consumado.
“Cid tem feito essa fala de insatisfação aos deputados e aos membros do seu partido, mas ainda não houve um ato que constituísse o rompimento dele, nem as bases do rompimento, com o governo”, disse em entrevista.
O deputado apontou que, como liderado, aguarda posição final do senador. “Nós precisamos, inclusive como liderados, saber quais as bases do rompimento. Se é individual, se vai para a oposição. O que eu posso dizer é que isso não é bom para nenhum de nós, não é bom para o grupo. Saímos da eleição de 2022 extremamente divididos, fizemos um trabalho de reorganização, reestruturação e acreditamos que seguiríamos dessa forma”.
Apesar disso, Bismarck reforçou a crença de que é possível encontrar resolução para o dissenso. “Ainda acho que é possível. É hora da política agir, dos nossos líderes, Camilo, Elmano e Cid, conversarem, colocarem as cartas na mesa e acharem consenso. A amizade de Camilo e Cid é uma amizade bonita, sólida, são amigos de longa data com gratidão um pelo outro e cabe a nós reconstruir essas pontes, seja com o governador, seja com Camilo para que o grupo chegue junto na próxima eleição”, projetou.