Na cidade de Tianguá, região serrana do Ceará, distante 320 km de Fortaleza, a família de Ana Karen, adolescente de 12 anos, aluna de escola particular, todas as segundas-feiras desce a serra rumo à Capital. O movimento é para garantir acompanhamento profissional à adolescente que desde criança apresenta características de superdotação. Os atendimentos devem resultar em um laudo, nos próximos meses, que poderá constatar as altas habilidades.
A identificação é o primeiro passo. Mas, apesar de necessária para que escolas e pais saibam como acolher e agir de forma adequada na inclusão desses estudantes, ainda é um dos gargalos para pessoas superdotadas moradoras das capitais, e mais ainda em municípios distantes dos grandes centros urbanos.