Aviso de gatilhos: a matéria a seguir contém textos sobre ideação suicida, violência sexual, assédio moral e exploração de crianças. A leitura não é recomendada a pessoas sensíveis a estes temas.
O ex-policial militar, vereador do Rio de Janeiro e youtuber Gabriel Monteiro (sem partido) foi acusado de uma série de crimes. As denúncias foram veiculadas no programa “Fantástico”, da Rede Globo, exibido na noite desse domingo, 27.
Segundo a reportagem, Gabriel teria praticado assédios sexual e moral contra funcionários de seu gabinete e de seus trabalhos audiovisuais. A matéria também destaca a manipulação de vídeos em seu suas redes sociais e a exploração de menores de idade nos conteúdos publicados.
As denúncias no gabinete foram feitas por três funcionários e ex-funcionários de Gabriel no exercício da função parlamentar. Dois deles relataram que o ex-policial pedia “carinhos” de seus subordinados, inclusive nas partes íntimas.
Outra pessoa a fazer denúncias é uma mulher que trabalhou como assistende de produção para Gabriel Monteiro, gravando e publicando conteúdos nas redes sociais do vereador. Ela relatou ter sofrido assédio sexual e tentativa de estupro.
Segundo ela, o youtuber alisava seu corpo sem consentimento, e tentou forçá-la a fazer sexo dentro de um carro. Ela deixou de trabalhar para Gabriel, teve ideação suicida e precisou de tratamento psiquiátrico devido aos abusos.
Também foi entrevistada uma mulher que alega ter tido relações sexuais com o ex-policial. A princípio, o ato teria sido consensual. Em determinado momento, porém, ela tentou parar, e afirma que foi segurada pelo vereador, que forçou o sexo.
Por fim, Gabriel Monteiro é acusado de manipular o conteúdo de vídeos publicados em seus canais e explorar crianças retratadas nas publicações. Em um dos trechos, o vereador teria ajudado uma criança que pedia dinheiro em um cruzamento, levando-a para comer em um shopping center.
No vídeo publicado por Gabriel, a criança aparece agradecendo a refeição. As imagens divulgadas pelo “Fantástico”, sem os cortes feitos pelo youtuber, porém, mostram ele dizendo à garota o que ela deveria falar em frente à câmera.
Procurado pela reportagem, Monteiro disse que as acusações de assédio e estupro são “uma tentativa de acabar” com ele. Sobre o vídeo manipulado, ele disse que a garota “teve uma esperança”, mas não negou ter induzido o que ela deveria falar no vídeo.
O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro informou, por nota, que descobriu as acusações pela reportagem. O órgão disse que decidirá as providências a serem tomadas sobre o caso após receber o material completo usado na matéria.
Com Informações de Jornal OPOVO*