O deputado federal Yury do Paredão anunciou nesta quarta-feira, 1º, que irá se filiar ao MDB, presidido no Ceará por Eunício Oliveira. A movimentação ocorre após o parlamentar ser expulso do PL em meio a conflitos por votos e posicionamentos favoráveis ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aproximação com a figura do presidente, incluindo fazer o “L”.
“É com muita alegria que comunico a minha filiação ao MDB partido que tem história na defesa da democracia brasileira. Chego ao MDB levando meus ideais em defesa do Brasil com liberdade, respeito, tolerância e desenvolvimento econômico com inclusão social”, afirmou Yury em vídeo postado nas redes sociais.
O deputado também agradeceu a lideranças do MDB e fez menção ao ministro da Educação Camilo Santana (PT) e ao governador Elmano de Freitas (PT). Com a filiação, o deputado integra de vez a base petista, como já mostrava em votações na Câmara dos Deputados e com a presença em eventos. O MDB é o partido da vice-governadora do Ceará, Jade Romero e tem ministros na Esplanada, como a titular do Planejamento, Simone Tebet.
Eleito pelo PL, Yury começou a mostrar aproximação com o governo ainda no primeiro semestre, quando tirou uma foto quando Lula veio ao Ceará. Uma crise foi instalada na sigla após a votação da reforma tributária. Ele e outros parlamentares do PL votaram para a aprovação, o que gerou um mal-estar entre deputados bolsonaristas que cobravam a reprovação da proposta.
O grupo no WhatsApp de parlamentares do PL teria sido suspenso após bate-boca entre os deputados. Entre os que teriam postado ofensas estaria o também cearense André Fernandes (PL), enquanto Yury seria um dos ofendidos.
Contra Yury chegou a ser aberto um processo de investigação na cúpula cearense quanto à postura do deputado. A nota, com assinatura do prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), apontava que o parlamentar seria escutado e o resultado seria apresentado após amplo direito ao contraditório. A direção nacional decidiu pela expulsão antes mesmo da conclusão do processo.