A aliados, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não vai participar da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro. O chefe do Executivo garantiu ainda estar 100% certo desta decisão. Neste caso, cabe ao vice presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), cumprir o ritual de passar a faixa para Lula e descer a rampa do Palácio do Planalto. O senador eleito, no entanto, já rejeitou a possibilidade.
O decreto 70.274, de 9 de março de 1972, estabelece as normas oficiais da cerimônia de posse do presidente da República. Nela, consta que o novo chefe do Executivo deve ser recebido à porta principal do Palácio do Planalto. A falta da solenidade não é impeditiva para a posse de Lula.
A transmissão do adereço não passa de uma solenidade, ou seja, o gesto não é imprescindível para que o presidente eleito tome posse. O novo chefe do Executivo passa a ocupar formalmente o cargo após fazer juramento à Constituição no Congresso Nacional.
O evento que consagra a vitória de um candidato em disputas eleitorais é a cerimônia de diplomação, em que os eleitos se habilitam para exercer o mandato. A de Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), está marcada para 12 de dezembro.
A próxima primeira-dama, Rosângela “Janja” da Silva, organiza uma cerimônia simbólica e fora dos protocolos no próximo 1º de janeiro, e não conta com a presença de Bolsonaro no dia. A ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entreguem a faixa presidencial para Lula no Parlatório do Planalto.