Lula assina “revogaço” de decretos das armas e determina análise dos sigilos de Bolsonaro

Menos de três horas após ser empossado presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma série de decretos que incluem uma espécie de “revogaço”, em relação a medidas adotadas pelo gestão que lhe antecedeu relativas à política armamentista e aos sigilos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O novo decreto de armas prevê: a suspensão de novos registros para caçadores, atiradores e colecionados (CACs) e da autorização de novos clubes de tiro até a publicação de novas regras; a proibição da prática de tiro desportivo para menores de 18 anos, a redução de seis para três armas por usuário, no caso de cidadãos comuns; a autorização do porte de armas apenas para quem comprovar real necessidade.

O “revogaço” inclui ainda o recadastramento de todas as armas adquiridas a partir de decreto de 2019, no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e a criação de um grupo de trabalho para discutir tais temas.

Em outro ponto que deve dar dor de cabeça ao ex-presidente, Lula determinou que a Controladoria-Geral da União analise em até 30 dias, todos os sigilos impostos por Bolsonaro.

Entre outras medidas adotadas nas primeiras horas de governo, Lula assinou decretos que: liberam o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família; prorrogam a desoneração dos combustíveis por 60 dias; combatem os crimes ambientais; definem a estrutura da Presidência e dos ministérios. Nesse sentido, aliás, ele também empossou os 37 ministros.

Por fim, ele também solicitou análise das propostas de desestatização da Petrobras, dos Correios e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), aos ministros responsáveis pelas pastas que abrigam tais instituições.

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