Morte dos ‘Mamonas Assassinas’ completa 25 anos; confira trajetória de sucesso da banda

A morte dos cinco integrantes do Mamonas Assassinas, verdadeiro fenômeno em todo o Brasil, reverbera a cada dia 2 de março. Desde o ocorrido em 1996, 25 anos se passaram, mas as circunstâncias do caso ainda chamam atenção e recordam a importância da banda, que fazia da música uma expressão humorística, para a história do País.

Dinho, Sérgio Reoli, Samuel Reoli, Bento Hinoto e Júlio Rasec faleceram após a queda de um avião de pequeno porte na Serra da Cantareira, em São Paulo. Além dos músicos, outras quatro pessoas também foram vitimadas no ocorrido. E, assim, canções como ‘Vira-vira’, ‘Sabrão Crá-Crá’ ou ‘Pelados em Santos’ se tornaram ode aos feitos conquistados pelo grupo.

Enquanto isso, no dia 2 de março de 2021, o Mamonas ainda é reverenciado e lembrado com carinho por fãs, estudiosos do entretenimento ou até mesmo por quem chegou a escutar apenas uma música ou outra, sem saber, de fato, o peso dos cinco nos anos 1990. Nas redes sociais, por exemplo, o nome da banda entrou para os termos mais citados durante esta manhã, enquanto as pesquisas dispararam em motores de busca como o Google.

 

Legenda: O disco de estreia dos Mamonas Assassinas ainda é considerado recorde sucesso em solo brasileiro

 

Da ‘Utopia’ ao sucesso 

Antes mesmo da década de 90 e do sucesso estrondoso, o Mamonas Assassinas nasceu diferente: era chamado de Utopia. Ainda em 1989, os irmãos Sérgio e Samuel Reoli, na bateria e no baixo, se uniram ao amigo Bento Hinoto, na guitarra, para iniciar uma jornada ainda sem imaginar o que viria pela frente.

Essencialmente uma banda de Rock, a ‘Utopia’ trabalhava, em grande parte, com releituras de bandas nacionais como Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Barão Vermelho, etc.

Apenas em 1990, Alecsander Alves, o Dinho, entraria para a banda após um dos shows, pouco antes de Júlio Rasec também ser incluso. Nesse meio tempo, lançaram o primeiro disco da carreira, que não obteve êxito de imediato, e começaram a parceria com o produtor Rick Bonadio, um dos responsáveis pelo estilo cômico adotado por eles.

O Mamonas Assassinas, efetivamente, nasceu em 1995. A primeira demo, em parceria com Bonadio, tinha canções como Pelados em Santos e Robocop Gay, por exemplo. A partir daí, as apresentações mascaradas, as fantasias e o humor no palco viraram marca registrada.

Disco único

O que ninguém sabia é que o primeiro disco lançado pelo Mamonas seria o único. Certificado como disco de diamante, o trabalho saiu no dia 23 de junho de 1995, vendendo mais de 5 milhões de cópias até os dias atuais.

Na época, ficaram conhecidos pelas letras ácidas, mas também pela mistura de ritmos como o rock, o ska e diversos outros. Com o sucesso incontestável, foram capazes de atingir até mesmo o público infantil, fazendo inúmeras apresentações televisivas nos nove meses que antecederam o acidente fatal.

Premonição do acidente

Entre o sucesso musical e as notícias posteriores à morte dos artistas, a repercussão é de um dos episódios do dia anterior ao acidente, relembrado constantemente na mídia nacional. Em uma conversa com um amigo, Júlio Rasec teria previsto a queda do avião que levava o grupo em 1996.

A gravação chegou a ser exibida no Jornal Nacional, veiculado pela TV Globo, mostrando como o músico chegou a se despedir antes do ocorrido.

Nas imagens, ele falou sobre um show em Portugal, que seria realizado caso a queda da aeronave não tivesse acontecido, fez piada sobre as mulheres portuguesas e citou o sonho da noite anterior.

“Não sei, essa noite eu sonhei com um negócio… Assim, parecia que o avião caía. Não sei. Não sei o que quer dizer isso”, comentou.

O Regional | Informação com Responsabilidade
Política, Polícia, Regional, Esporte, Entretenimento, Nacional

Redação: (88) 9.8196 .7462

Todos os Direitos Reservados  –  O Regional – Informação com Responsabilidade