O prefeito de Pacatuba em exercício, Rafael Marques (PSB), e o prefeito afastado, Carlomano Marques (MDB), foram alvos de mandados de busca e apreensão, no âmbito de uma operação deflagrada pelo Ministério Público na manhã desta quinta-feira (23). A “Operação Pacatuba” investiga apropriação de bens e desvio de verbas públicas em contratos do município, sem licitação, com um escritório de advocacia de sociedade individual.
Durante cumprimento de mandado na casa de Carlomano, a Polícia encontrou 15 munições de arma de calibre 12, que estavam sob a posse dele de forma irregular. Ele foi preso e conduzido até a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado após pagamento de fiança, segundo o MPCE.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela desembargadora Lira Ramos, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), para serem cumpridos em Pacatuba e em Fortaleza. Além do prefeito afastado e do interino, foram alvos o ex-deputado Leonardo Araújo, a ex-esposa de Carlomano, três ex-assessores parlamentares, um escritório de advocacia e um ex-sócio.
Os mandados foram solicitados pela Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), do MPCE, em outubro de 2022. Eles foram deferidos um ano depois, em outubro deste ano. Todavia, só foram cumpridos nesta quinta-feira (23).
Essa distância entre as datas, inclusive, é alvo de questionamentos pela defesa de Carlomano Marques, já que o prefeito afastado foi alvo de mandado de prisão e busca e apreensão em outra operação do Ministério Público, deflagrada em abril deste ano. Por isso, segundo a defesa, não tinha necessidade de uma nova operação na casa dele.
Além disso, os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo acrescentam que os fatos investigados datam de mais de cinco anos.