Pfizer diz que Brasil teria 18,5 milhões de doses até o 1º semestre 2021 se governo tivesse assinado acordo em agosto de 2020

O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou durante o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quinta-feira, 13, que, se o contrato com a empresa tivesse sido assinado pelo governo Bolsonaro em agosto de 2020, o Brasil teria recebido 18,5 milhões de doses da vacina até o segundo trimestre deste ano.

Murillo revelou ainda que a empresa fez pelo menos cinco ofertas de doses do imunizante no ano passado e que o governo ignorou proposta para comprar 70 milhões de unidades. O Ministério da Saúde só firmou acordo com a farmacêutica no último mês de março, pela aquisição de 100 milhões de doses, das quais 14 milhões devem ser entregues ainda neste segundo trimestre, e os 86 milhões restantes, no terceiro trimestre de 2021.

O vice-presidente da CPI e líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), manifestou-se no Twitter após a fala do gerente-geral da Pfizer. Para ele se o governo tivesse aceitado as propostas, “não estaríamos vivendo essa tragédia”.

“Se o Governo Brasileiro tivesse adquirido vacinas ano passado, as 20 milhões oferecidas, nós teríamos protegido TODA a população com mais de 60 anos e ainda sobraria. Poderia ainda, (além de salvar milhões de vidas), já ter vacinado ano passado TODOS trabalhadores de saúde – cerca de 5 milhões de pessoas (setor público e privado) – todos da chamada cadeia produtiva da saúde”, escreveu.

E seguiu: “Poderia ter vacinado TODOS os diabéticos (cerca de 13 milhões), muitos desses já estão na faixa de mais de 60 anos (35%)”.

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