O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão, nesta quarta-feira, 19, por violência sexual cometida contra uma mulher albanesa na cidade de Milão, em 2013. A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante e por Ricardo Falco, amigo do jogador.
A justiça italiana agora poderá pedir a extradição de Robinho e Ricardo Falco, entretanto, a constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiros. Assim, os dois poderão cumprir a sentença em uma penitenciária do Brasil. A justiça italiana deve pedir a transferência de execução de pena à justiça brasileira. Para isso, é necessário a homologação do Supremo Tribunal de Justiça.
A audiência começou cerca de 6h30 e durou aproximadamente 30 minutos. O recurso de Robinho foi o primeiro caso julgado no dia. A sentença foi divulgada por volta do meio-dia desta quarta-feira, 19. A execução da pena é imediata e a sentença não cabe mais recurso.
O caso de estupro aconteceu em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. A violência sexual foi cometida contra uma mulher albanesa que comemorava seu aniversário. Além do atacante, que na época jogava pelo Milan, e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por participação no ocorrido. Na época das investigações na Itália, os envolvidos já haviam deixado o país, por esse motivo não foram processados.
Quando foi interrogado, em 2014, Robinho admitiu relação sexual com a vítima, porém negou as acusações de estupro. O processo, iniciado em 2016, teve a primeira sentença no fim de novembro de 2017. A defesa do jogador alegou, na ocasião, que era impossível provar que a mulher estava em condição de inferioridade psíquica e física, conforme texto da sentença.
Em outubro de 2020, Robinho foi contratado pelo Santos, entretanto, o clube suspendeu o vínculo com o jogador, após pressão da torcida e de patrocinadores. Em dezembro de 2020, a corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do atacante e de Falco.