São Paulo identifica primeiro caso da variante indiana

São Paulo identifica primeiro caso da variante indiana. O Instituto Adolfo Lutz da Secretaria da Saúde de São Paulo identificou um caso com a variante B.1.617.2 da Índia no Estado. Trata-se de um brasileiro que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos na sexta, 22. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

O homem tem 32 anos e mora em Campos dos Goytacazes do Rio de Janeiro. Ainda não há registros de um caso autóctone desta linhagem no estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo ainda a secretaria, o passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto. O passageiro embarcou para o Brasil com um exame negativo de RT-PCR feito 72 horas antes do voo, exigência prevista em lei para todos os viajantes.

Segundo a Anvisa, assim que desembarcou, ele procurou um laboratório do próprio aeroporto para fazer um novo teste, já que não se sentia bem.

Antes do resultado, viajou para o Rio de Janeiro. Se hospedou em um hotel ao lado do Aeroporto Santos Dumont e, no domingo, viajou de carro até a cidade do norte fluminense. Com o resultado positivo para Covid-19, o homem voltou para a capital do Rio e está em isolamento.

Assim que o exame foi finalizado, o próprio laboratório avisou a Anvisa, que alertou os demais órgãos de vigilância sanitária. A confirmação da variante indiana foi realizada por meio de sequenciamento genético.

“O órgão federal informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. A amostra positiva foi enviada ao Lutz e o sequenciamento finalizado nesta quarta-feira, 26”, afirma o órgão.

Rastreamento de contatos

A secretaria afirma ainda que “imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, juntamente com o município no qual o aeroporto se encontra, as medidas de investigação epidemiológicas necessárias.

Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso”.

Desde o último dia 14 de maio, a equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde notificou os passageiros e os seus municípios de residência referente ao voo vindo da Índia que desembarcou no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que envia para a Saúde a lista dos passageiros do voo.

De acordo com a secretaria estadual, “há centenas de variantes do novo coronavírus ao redor do mundo. Quatro delas são consideradas “variantes de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. São elas: P.1, B.1.1.7, B.1.351 e B.1.617”.

Após análises do Instituto Adolfo Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) foram encontrados 375 casos autóctones dessas três variantes até 26 de maio:

– 1 confirmação de B.1.617 (caso de Campos dos Goytacazes (RJ) – não há registro de um caso autóctone desta linhagem em SP)
– 3 confirmações de B.1.351
– 15 confirmações de B.1.1.7
– 356 confirmações de P.1
Até o momento, não há notificação oficial das variantes P4.

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