Consultas, exames ou procedimentos acabaram se tornando motivos de denúncias para, pelo menos, 22 pacientes no Ceará que alegam ter sido abusados sexualmente por médicos. O número pode ser ainda maior, já que cada processo pode ainda ter mais de uma vítima agredida.
Os casos são acompanhados pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) do Ministério Público do Ceará (MPCE) e ocorreram em diferentes cidades do Ceará, entre 2019 e 2022.
As agressões envolvem toque em partes íntimas, comentários maliciosos até a conjunção carnal. Os pacientes compartilham a dor, o adoecimento mental e, por vezes, o medo de denunciar. As penalidades variam, conforme o crime, entre importunação sexual e estupro – com prisão prevista de até 15 anos.
São histórias de violência como a da mulher estuprada por um médico anestesista, no último dia 10 de julho, durante um parto no Rio de Janeiro, que espantou todo o País. Casos também semelhantes ao que ocorreu, nseta semana, no Ceará, quando um médico de 45 anos foi preso sob suspeita de estupro contra uma jovem de 18 anos, que buscava ajuda por um problema decorrente da amamentação, em Hidrolândia.