Em convenção do PSB nesta quarta-feira (27) para oficializar apoio à sua candidatura, o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse que a desfiliação da governadora Izolda Cela do PDT o surpreendeu, pois havia “um combinado” de apoio a qualquer um dos quatro pré-candidatos do partido que fosse escolhido para disputar as eleições.
“Havia uma compreensão de que nós quatro, eu, Izolda, Evandro e Mauro Filho, de que haveria um processo democrático longo, no caso foi de dez meses, que poderia fortalecer a nossa vitalidade partidária, como fortaleceu, que mexeria com a nossa militância nas mais diversas regiões do Estado, inclusive dando vez à essa militância, fazendo um debate do presente e do futuro e que, ao final, independente do processo de escolha e quem fosse o escolhido, o candidato teria o apoio dos demais. Então, não posso deixar de manifestar a minha surpresa com o acontecido”
ROBERTO CLÁUDIOEx-prefeito de Fortaleza
Nesta terça-feira (26), após o racha com entre PT e PDT para a sucessão ao Governo do Estado, a governadora anunciou que pediu desfiliação do seu partido.
“Temos hoje, através de legítima decisão dos partidos que têm ajudado a construir esse Projeto em prol do Ceará, duas candidaturas lançadas ao Governo do Estado. Poderíamos já estar todos unidos contra o fascismo, a intolerância e o ódio. Defendi isso desde o início, juntamente com Cid, Camilo e tantos outros. Diante desta nova realidade, e respeitando as decisões tomadas, anuncio o meu pedido de desfiliação do PDT”, escreveu a governadora nas redes sociais.
Izolda, inclusive, não compareceu à convenção do PDT, no domingo (24), que oficializou a candidatura do ex-gestor da Capital ao pleito deste ano. Sem partido, ela não pode concorrer a nenhum cargo público nesta eleição, mas pode apoiar palanques de outras agremiações.
Ainda na terça, o presidente estadual do PDT, deputado federal André Figueiredo, desejou “sucesso” para a governadora.
“Boa sorte (para ela), mesmo não estando no PDT, terá sempre nossa admiração”, reagiu. O político disse que a mandatária tinha a “expectativa” de ser escolhida para liderar a chapa governista.