Diante do aumento constante de fortalezenses contraindo o novo coronavírus e com a variante P1, oriunda do Amazonas, atingindo 71% dos casos aqui de Fortaleza, o prefeito José Sarto indica que novos desafios estão surgindo. “Os insumos, medicamentos e equipamentos são o próximo problema que vamos enfrentar”, afirmou na manhã desta terça-feira, 23, em entrevista às jornalistas Maísa Vasconcelos e Raquel Gomes na Rádio O POVO CBN.
“Isso tem a ver com o Ministério. Eles (representantes da indústria da saúde) têm alegado que o Ministério da Saúde tem confiscado boa parte desse material e medicamentos. Mas estamos em uma luta diária e permanente para garantir o abastecimento desses itens”, garante, indicando que esteve em reunião com fornecedores.
O chefe do Executivo municipal afirmou que o problema do Ceará em relação ao abastecimento de oxigênio medicinal tem sido a distribuição aos municípios. “Fortaleza tem conseguido equacionar porque temos contrato com a White Martins. Temos Unidades de Pronto Atendimento (Upas) que têm usina na unidade central e que estamos fornecendo oxigênio em cilindros aos anexos”, explica. “Tivemos um problema na Upa do Edson Queiroz por conta de a gestora não ter contrato com a White Martins, mas Fortaleza já resolveu”, justifica.
O prefeito informou ainda que 229 novos leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 devem ser abertos na Capital até a próxima semana, totalizando 1.038 leitos abertos na rede municipal durante essa segunda onda da pandemia. “Já abrimos 809 leitos, mais do que o pico da pandemia de 2020”.
“A gente está fazendo um fluxo que permita abrir leitos, fazer fiscalização, vacinação em oito pontos, contratar equipe. Isso tudo significa despesa, mas a gente tem conseguido fazer o combate direto à pandemia sem esquecer da recuperação econômica” afirmou se referindo aos fluxos financeiros necessários. De acordo com Sarto, R$ 5 milhões são investidos mensalmente apenas em contratação equipe adicional no Instituto José Frota (IJF).