A média móvel de novas mortes por Covid-19 no Brasil ficou abaixo de 2 mil pelo sétimo dia seguido. O dado aponta que a pandemia avança de forma mais lenta no País. Entretanto, sem uso efetivo de máscaras e com vacinação também lenta, o cenário pode se complicar e gerar uma terceira onda ainda em junho.
Projeção feita pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostra que o Brasil pode ultrapassar a marca de 750 mil mortes ao fim do próximo mês. Os pesquisadores estimam que até esta terça-feira, 18 de maio, 638.452 brasileiros morreram em decorrência da infecção pelo coronavírus.
Conforme a projeção, as mortes podem ser ainda mais numerosas e chegar próximo a 780 mil óbitos em 30 de junho no pior cenário simulado. A universidade entende por pior cenário uma realidade na qual a variante P.1. continua se espalhando ao mesmo tempo em que as pessoas vacinadas abandonam o uso de máscara e voltam 100% à mobilidade pré-pandemia.
Já um cenário mais tranquilo dependeria da manutenção de restrições de mobilidade e do uso de máscaras por 95% da população. Em uma realidade de “máscaras universais”, como classificam os pesquisadores, 742 mil brasileiros teriam morrido por Covid-19 ao fim de junho.
Pico da 3ª onda
No pior cenário estimado pelos pesquisadores, o Brasil enfrentaria o pico da terceira onda no dia 6 de julho, com 3.960 pessoas morrendo nesta data. A este ponto, seriam mais de 800 mil mortos no País.
Já nos cenários mais controlados e com maior proteção coletiva, o pico desta próxima onda se daria um mês antes, em 5 de junho, quando cerca de 3.115 brasileiros seriam vitimados pela pandemia.