As principais perdas trazidas pela Covid-19 são as humanas, com milhares de histórias silenciadas, encerradas e sepultadas. No entanto, a catástrofe causada por ela agravou ainda mais a situação de óbitos no Brasil e no Ceará. O primeiro ano de pandemia no Estado, por exemplo, teve crescimento de 20% no número de óbitos, em relação a 2019.
Entre os recordes negativos, os meses de abril, maio e junho de 2020 foram os meses com mais mortes gerais no Estado desde 1979, ano em que os registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, foram informatizados.
Conforme os registros, a escalada histórica ocorreu em março, mês de início da pandemia no Ceará. Embora tenham sido registradas apenas 25 mortes por Covid-19, de acordo com a plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o mês fechou com 6.223 óbitos gerais.
Antes disso, o recorde era de março de 2017, único mês em que o Ceará passou de 6 mil registros em quase 40 anos. Mais precisamente, foram 6.022. Naquele mês, o Estado teve mortalidade acima do normal em todas as categorias de causas, mas principalmente por doenças do aparelho circulatório e do aparelho respiratório.