Cresce nas redes sociais e nas ruas as manifestações de insatisfação de servidores da prefeitura de Ipueiras com o sindicato que os representa, ou pelo menos deveria representá-los.
Em meio a uma urgente e necessária pauta dos servidores públicos municipais de Ipueiras, como os recorrentes atrasos salariais, a falta de reajuste do antes tão cobrado piso salarial dos professores, além dos incontáveis atos de perseguição política que vêm sofrendo, fazem os servidores se sentirem órfãos.
O silêncio e a falta de mobilização do sindicato tem incomodado considerável parcela dos servidores públicos de Ipueiras. Enquanto o sindicato se cala o servidor padece.
A impressão que passa é de um sindicato pelego, omisso e por vezes até subserviente aos interesses da gestão pública. Com dirigentes alinhados politicamente a atual gestão, o que os servidores têm visto é um sindicato que gasta mais tempo tentando justificar os desmandos da atual gestão do que propriamente ser fiel à sua missão que é lutar pela classe que representa.
Não precisa de muito esforço para perceber que com essa postura os dirigentes sindicais tentam conciliar o inconciliável: interesses do empregado com o interesse do patrão. As sagradas escrituras já falavam que ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.
Quando questionado, há dirigente que reclama que os servidores não buscam o sindicato para lhes dar suporte em suas demandas. Diante da conjuntura atual de insatisfação dos sindicalizados, talvez falte a segurança e confiança necessária para acreditar que encontrará no sindicato o verdadeiro apoio à sua causa.
Fato é que ainda há tempo para o sindicato recuperar a confiança dos servidores, só é preciso ser fiel à sua essência: lutar verdadeiramente por seus direitos.
Perguntar não ofende: o que aconteceu com o sindicato que ainda não se mobilizou para reivindicar o piso salarial do magistério em pleno mês de setembro?
Foto: Reprodução/SSPMI
