As mulheres brasileiras ainda enfrentam diferentes tipos de violência. A cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica em 2023, de acordo com o boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, que monitora diariamente dados que circulam nas mídias sobre violência e segurança. Os dados referem-se aos estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança, são eles: Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.
O número representa um aumento de 22,04% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 3.181 casos de violências contra mulheres.O Ceará é o estado com mais casos de feminicídios registrados nos últimos seis anos. Ao todo, 42 mulheres foram mortas em razão de sua identidade de gênero.
No cenário nacional, às vítimas de feminicídio foram mortas, majoritariamente, por parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).As informações coletadas de diferentes fontes são confrontadas e registradas em um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado. A Rede de Observatórios dá nomes a crimes que têm evidências mas não são tipificados pela polícia, como violência contra mulheres (lesão corporal, ameaças e outros).
A metodologia permite diminuir a subnotificação desses casos e produzir análises mais seguras sobre o que ocorre na realidade.