Cerca de oito a cada dez cearenses adultos não utilizam preservativos em todas as relações sexuais. A ausência de camisinha é mais admitida entre homens (24,6%) do que entre mulheres (18,7%). É o que apontam dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira, 7.
O levantamento indica que quanto mais velhos, mais raro é o uso de preservativo. Entre aqueles de 18 a 29 anos, 36% relataram usar em todas as relações sexuais nos 12 meses anteriores à entrevista. Entre aqueles com 30 a 39 anos, 19,2% declaram essa situação; entre os cearenses de 40 a 59 anos, 17%; e apenas 9,3% daqueles com 60 anos ou mais.
A PNS perguntou ainda se as pessoas procuraram o serviço público de saúde para obter preservativos. No Ceará, apenas 8,3% dos entrevistados recorreram aos postos e demais unidades de saúde. O percentual é o menor do Nordeste e o quarto menor do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais (7,1%), Paraná (7,6%) e Espírito Santo (7,9%).
Entre as principais razões para não usar preservativo, os brasileiros apontam confiança no parceiro (73,4%) e uso de outro método para evitar gravidez (12,3%). Aparecem ainda o fato de não gostar de camisinha, querer ter filhos e recusa do parceiro.
No País, 1 milhão de pessoas de 18 anos ou mais relataram ter recebido diagnóstico médico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em 2019. Destes, 84,5% foram orientados a informar aos parceiros sobre a infecção e 83,9% a usar regularmente preservativo.