Boate Kiss: tragédia completa 10 anos

Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, um domingo, a história de Santa Maria mudaria para sempre. Um incêndio atingiu a boate Kiss, no centro da cidade, deixando 242 mortos, 636 sobreviventes e marcas que permanecem presentes na memória da comunidade até hoje.

Pânico

Assim que perceberam o início do incêndio, centenas de pessoas ficaram desesperadas e começaram a correr em busca de uma saída para a rua. Testemunhas afirmaram, na época, que seguranças da boate tentaram impedir a saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a passagem.

A saída da boate foi dificultada por uma grade colocada perto da porta para organizar a fila de entrada. As pessoas derrubaram grade e porta, o que fez muita gente cair no chão e acabar pisoteada, dizem sobreviventes.

Segundo bombeiros que fizeram o primeiro atendimento da ocorrência, muitas vítimas tentaram escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabaram morrendo. Testemunhas também disseram que o ambiente era bastante escuro e que a falta de sinalização fez com que eles pensassem que ali era uma saída.

Sapatos deixados no meio do caminho por frequentadores da boate Kiss — Foto: Reprodução/RBS TV

Sapatos deixados no meio do caminho por frequentadores da boate Kiss — Foto: Reprodução/RBS TV

Resgate

 

Várias testemunhas afirmaram que o Corpo de Bombeiros chegou ao local da tragédia rapidamente, entre três e cinco minutos depois do chamado. Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ainda ajudaram a socorrer as vítimas.

Sobreviventes e populares quebraram as paredes da boate para facilitar a saída de pessoas e o resgate de corpos. No lado de fora, ambulâncias, viaturas policiais e até táxis transportavam feridos para hospitais do município.

Populares quebram paredes da boate Kiss para ajudar no resgate — Foto: Reprodução/RBS TV

Populares quebram paredes da boate Kiss para ajudar no resgate — Foto: Reprodução/RBS TV

Atendimento aos feridos

Ao menos seis hospitais e casas de saúde da região receberam vítimas do incêndio. Voluntários auxiliaram o trabalho na cidade. O Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, que tem unidade especializada em queimaduras, também recebeu feridos.

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