Com indicadores da Covid-19 em tendência de estabilização, as medidas sanitárias atualmente em vigor no Ceará serão mantidas sem alterações. Documento será publicado neste sábado, 29, e passará a valer a partir da segunda-feira, 31. Restrições para eventos festivos continuam mantidas até o dia 5. No dia 4, números serão reavaliados.
Medidas foram anunciadas pelo governador Camilo Santana (PT) em transmissão nas redes sociais. Decisão foi tomada após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia, realizada nesta sexta-feira, 28.
Desde o início de janeiro, festas com controle de acesso, como casamentos, formaturas, aniversários e eventos corporativos estão com capacidade reduzida por 30 dias. Limite é de 250 pessoas em ambientes fechados e 500 pessoas em ambientes abertos. Estádios de futebol também tiveram capacidade reduzida para 30% até o dia 5 de fevereiro.
“A boa notícia é que já se identifica estabilidade de casos com tendência de queda. Mostra que os casos de Ômicron estão começando a se estabilizar e cair principalmente reduzindo a gravidade dos casos”, frisou o governador. Ainda há, contudo, atenção maior para a região Norte do Estado diante da procura assistencial, segundo Camilo.
Além dos casos, também há diminuição da positividade e da demanda nas unidades de saúde principalmente nos Posto de Saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Entre a terceira e a quarta semana epidemiológica de 2022, a taxa de positividade caiu de 58,7% para 48,5%.
O secretário da Saúde, Marcos Gadelha, destaca que “o pico da terceira onda aconteceu em um curto espaço de tempo”. “A gente está em um pico equivalente à segunda onda, mas, devido à Ômicron ter uma transmissibilidade muito alta, a gente teve um grande número de casos em espaço de tempo muito curto”, detalhou.
Os atendimentos nas UPAs vêm diminuindo gradativamente, com 380 pessoas atendidas, em média, atualmente. Fortaleza chegou a ter 1.209 atendidas nesta onda. Nos postos, a Capital chegou a registrar 3.283 e, atualmente, média está em 1.413.
O secretário destaca ainda a redução no número de pacientes atendidos nas UPAs que precisam de transferências para equipamentos de alta complexidade.
Em dezembro de 2021 e no mês incompleto de janeiro de 2022, foram 56.783 atendimentos e 2.609 solicitações de transferência para leito de maior complexidade, enfermaria ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ou seja, apenas 4,59% do total de atendimentos evoluiu para estágios mais graves.
Conforme a Sesa, comparando o estágio atual com a fase mais crítica da primeira onda, há redução de 82% nessa demanda.
Em maio de 2020, uma a cada quatro pessoas que buscavam as UPAs (25,61%) precisavam ser encaminhadas para leitos de hospitais de maior complexidade. Foram 7.361 atendimentos e 1.885 solicitações de transferência.
Em março de 2021, a necessidade de internação chegava a 17,27% dos pacientes atendidos. Foram 14.613 atendimentos por síndromes gripais e 2.523 pedidos de leitos. No recorte atual, com a maioria da população vacinada, a cada vinte pessoas que dão entrada nas UPAs apenas uma necessita de transferência.