Em meio à pandemia, vestibular da Uece tem segundo menor número de inscritos da história

Com o segundo menor número de inscritos da história, o vestibular da Universidade Estadual do Ceará (Uece), edição 2021.1 (primeira fase), foi realizado neste domingo nos dois campi da instituição e em várias escolas públicas e privadas da Capital cearense. No total, 13.401 candidatos se inscreveram para disputar as 2.380 vagas disponíveis, sendo 1.246 em Fortaleza e 1.134 nas unidades do Interior, localizadas nos municípios de Itapipoca, Crateús, Limoeiro do Norte, Iguatu, Quixadá, Tauá e Mombaça. A taxa de abstenção, segundo a instituição, foi de aproximadamente 20%, com cerca de 2.700 ausências.

O número de inscritos neste ano foi 8,8% maior do que o de 2020 (11.940), quando a prova teve que ser adiada para dezembro, em virtude dos constantes agravamentos da pandemia de Covid-19 no Estado. Apesar do aumento, as estatísticas de participação estão num patamar muito abaixo do período pré-pandêmico. Em 2019, ano em que a instituição realizou o seu maior vestibular da história, mais de 45 mil pessoas fizeram inscrição.

Neste ano, a prova estava programada para ser aplicada no dia 30 de maio, mas também precisou ser reagendada devido ao aumento de casos e mortes pela Covid-19 na segunda onda da pandemia no Ceará.
Nos locais de prova, havia no máximo 20 alunos em cada sala, com distanciamento médio de 1,5 metro, segundo relataram alguns candidatos ouvidos pelo O POVO após a abertura dos portões. A reportagem visitou o campus Itaperi, antes da entrada dos inscritos, e campus Fátima (Centro de Humanidades), após a liberação dos candidatos que já haviam concluído a prova. Em ambos os locais, não houve registros de aglomerações.

Segundo a Uece, para o vestibular foram aplicados os protocolos de prevenção definidos pelo Governo do Estado, como distanciamento e higienização, uso obrigatório de máscaras por candidatos e organizadores e disponibilização de álcool em gel.

A instituição não havia informado, até o fechamento desta matéria, o índice de concorrência para os 48 cursos ofertados nos campi da Capital e interior. A preferência por medicina, contudo, era evidente entre os candidatos entrevistados pela reportagem. A exemplo de Gustavo Schneider, 19, que considera a pandemia um obstáculo a mais no caminho já difícil para a tão sonhada aprovação. “No ambiente escolar, você tem todas as pessoas ao seu redor vivendo a mesma coisa que você. Eu ia para escola e falava de vestibular o tempo todo. Hoje, vivendo mais com a minha família, eles não respiram tanto isso comigo e, às vezes, dificulta manter o foco”, conta.

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