Enel é alvo de reclamações por demora na ligação de energia na capital e interior do Ceará

Falta luz e sobra indignação para empresas, consumidores e órgãos públicos do Ceará que relatam esperar dias, meses e até anos por uma ligação de energia elétrica. Da Capital ao Interior, as reclamações contra a Enel, empresa concessionária do serviço no Estado, só aumentam. Os casos vão desde famílias desabastecidas pelo não funcionamento de poços artesianos, em Jati, na região do Cariri, até a impossibilidade de abertura dos quiosques construídos na orla da Barra do Ceará, em Fortaleza.

No município de Granja, litoral de Camocim, a Prefeitura aguarda há mais de um ano a instalação de uma rede de iluminação pública no dique de contenção do Rio Acaraú. Orçada em R$ 3,2 milhões, a obra foi projetada para resolver o problema das enchentes e alagamentos na zona urbana da cidade durante o período da estação chuvosa. Pelo cronograma original, o equipamento deveria ter sido acionado em agosto de 2021.

A demora, segundo o deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT), não é um caso isolado. “Todo dia, são dezenas e dezenas de novas residências, postos de saúde, postos de gasolina – na iniciativa privada – deixando de gerar emprego e renda porque a Enel não faz a devida ligação”, criticou o parlamentar em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) na sessão ordinária do dia 1º de dezembro.

Com base nos episódios de atrasos relatados, o deputado, que é esposo da prefeita de Granja, Juliana Frota (PDT), pediu ao Governo do Estado que analise a possibilidade de intervenção pública nos serviços prestados pela companhia. A fala foi endossada pelo também deputado estadual Fernando Santana (PT), que preside a Comissão Especial da Enel na AL-CE. O colegiado, formado por dez parlamentares, avalia o cumprimento do contrato de concessão pública pela empresa.

Segundo Santana, há reclamações recorrentes sobre demora excessiva na ligação de energia elétrica em prédios públicos e empreendimentos privados. “São clínicas que passam seis meses para serem abertas porque a Enel não faz uma extensão de rede. São famílias inteiras, ruas e muitas vezes até bairros que não conseguem a extensão de rede para ter a sua iluminação”, reclamou.

 

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