Quem mora na comunidade de Areias, distante 7km da Sede do Município, está enfrentando a meses problemas sérios de infraestrutura e interrupção de serviços básicos oferecidos pelo poder público.
Segundo os moradores, a estrada vicinal que liga a comunidade à Sede do Município está, desde o início do ano, sem receber serviços de recuperação em toda a sua extensão, como era feito sempre que o período de inverno chegava ao fim. Apenas serviços pontuais em pequenos trechos considerados intrafegáveis foram reformados no final do período de chuvas neste ano.
O fato é que até mesmo o trecho dentro da comunidade não recebeu melhorias estruturantes e vários pontos encontram-se sem nenhuma condição de trafegabilidade com buracos e locais com risco de derrapagem. Segundo os próprios moradores, representantes da comunidade compartilharam via WhatsApp que “as condições do município não estão favoráveis para resolução de problemas”.

Outra adversidade que os moradores de Areias estão enfrentando é a paralisação completa das obras de pavimentação em pedra tosca asseguradas e iniciadas ainda em 2020. Mesmo com recursos de R$721.561,24 garantidos para as obras de calçamentos na região de Areias e Tucuns através de emenda parlamentar do Deputado Federal Leônidas Cristino (PDT), a obra encontra-se há quase um ano paralisada. A alegação seria que a Prefeitura realizaria uma nova licitação para conclusão da obra, o que desde o início do ano não foi colocado como prioridade.
A obra do calçamento também teve contrapartida da Prefeitura de Ipueiras empenhadas e pagas no ano de 2020 na ordem de R$ 148.013,75. O valor total para as obras de pavimentação chegam ao valor global de R$ 869.574,99.
Não é só das condições de infraestrutura que os moradores reclamam. Há meses, a falta constante de água tem levado, não só os moradores de Areias, a reivindicarem o retorno normal dos serviços, mas também os ipueirenses que residem em Bacupari e Guaribas. O argumento da própria prefeitura para os moradores seria a incapacidade da bomba instalada de distribuir a água, obrigando os moradores por diversas vezes a madrugarem para monitorar a água que chega em suas torneiras e só assim encherem os reservatórios.
A tentativa de diálogo dos moradores com a Prefeitura de Ipueiras parece estar se esvaindo, algumas reuniões entre membros do alto escalão da administração, SAAE e representantes da comunidade não deram resultado, deixando os moradores e principalmente as lideranças desamparadas quanto a ações concretas que resolvam as demandas.
Informações dão conta de que a Associação dos Moradores deu vários caminhos para resolução de problemas, como o uso de pilhas de barro atualmente encostados e ameaçados de desaparecer por conta das chuvas, que seriam usados para o calçamento, para serem usados na cobertura de buracos e valas dentro da comunidade, mas a sugestão foi ignorada pela atual gestão.
EM TEMPO
Moradores dão notícia de que as máquinas foram designadas na tarde desta terça-feira, após denúncia feita neste site, para iniciarem a manutenção na estrada.
