A Justiça do Ceará decretou a prisão preventiva de oito policiais lotados no Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (BEPI). A reportagem apurou que até o início da noite desta sexta-feira (15) cinco PMs se apresentaram e foram detidos por força dos mandados.
Todos eles são investigados por tortura. Os militares teriam privado de liberdade três homens, sendo que um deles, Antônio Marcos da Silva Costa, segue desaparecido desde o último dia 27 de agosto. Os crimes aconteceram na Praia do Maceió, em Camocim e foi presenciado por populares, incluindo crianças que estavam em barracas de praia.
O Diário do Nordeste obteve os nomes dos policiais militares suspeitos neste caso, são eles: sargento Cristiano Oliveira Sousa; soldados Samuel Santiago de Lima, José Márcio Carneiro Almada, Eduardo Florêncio da Silva, Wellington Xavier de Farias, José Márcio Barroso da Silva Júnior, Josinaldo Ferreira Barbosa Monteiro; e o cabo Demairton Cipriano Silva. A reportagem não localizou as defesas dos investigados.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) confirmou por nota as determinações de prisão e disse que as investigações acerca do fato estão em segredo de Justiça.
Todos os oito PMs suspeitos foram afastados preventivamente, por 120 dias das suas funções, por determinação da Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
De acordo com a Controladoria, há investigação em andamento “com o fim de apurar as condutas transgressivas que lhe são atribuídas” e “bem como, a incapacidade destes para permanecerem nos quadros da Corporação Militar a qual pertencem”.
“EU QUERO MEU FILHO”
Em entrevista à TV Verdes Mares, familiares de Antônio Marcos da Silva Costa exigiram investigação do caso e notícias do paradeiro da vítima. A mãe, Torquato Feitosa da Silva Lira, afirma que “o que eles fizeram não é papel de Polícia”.

