Prefeitura de Ipueiras terá que devolver mais de 1 milhão de reais aos cofres do fundo municipal

No dia 27 de setembro, ocorreu uma audiência na Promotoria de Justiça de Ipueiras para tratar de questões relacionadas ao Fundo de Previdência Municipal. A audiência contou com a presença do coordenador do Fundo, Douglas Oliveira, a assessoria jurídica representada pelo advogado Dr. Samoel Martins, e a Procuradoria do Município, representada pela Dra. Juliana Leitão. A audiência foi designada pela promotora em resposta a uma representação feita por vereadores de oposição da Câmara Municipal, que alegaram possíveis ilegalidades no uso de recursos do Fundo de Previdência.

A questão levantada pelos vereadores envolve uma portaria emitida pelo Secretário de Administração e Finanças, Titico, pai do atual prefeito. A portaria nº 119/2023 determina que servidores que solicitassem aposentadoria passassem a receber seus proventos do Fundo de Previdência a partir de seu afastamento, antes da homologação do processo pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCE). Entretanto, a legislação vigente estabelece que esses pagamentos devem ser efetuados apenas após a homologação pelo TCE.

A Câmara Municipal apresentou um projeto para suspender os efeitos da portaria, alegando ilegalidade. No entanto, o projeto foi rejeitado, já que o prefeito contava com maioria na Câmara. Diante disso, os vereadores de oposição recorreram ao Ministério Público.

Durante a audiência, o coordenador do Fundo informou que o município teria desembolsado R$ 1.234.686,94 com o pagamento indevido de servidores entre março de 2023 e agosto de 2024. Ele expressou interesse em firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reaver os valores, proposta que foi aceita pela Procuradoria do Município, que se comprometeu a devolver o montante com acréscimo de juros e multa.

A promotoria solicitou que a Prefeitura e o Fundo de Previdência apresentem a documentação que comprove o valor mencionado, para que os termos do TAC possam ser elaborados e analisados.

O caso também destacou que o atual coordenador do Fundo é o quinto a ocupar o cargo, sendo que um de seus antecessores já responde a procedimentos por má gestão no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).

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