Entre 157 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 13 açudes do Ceará atingiram a capacidade máxima, e outros dez com volume acima de 90%. No mesmo período, em 2022, oito reservatórios estavam sangrando e outros sete estavam acima dos 90%. Os dados foram coletados por volta das 10h30min desta sexta-feira, 17, no Portal Hidrológico, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Após fortes chuvas na região, o açude São Pedro da Timbaúba, no município de Miraíma, tornou-se o 13º açude a sangrar na manhã desta sexta-feira, 17.
Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), os açudes menores são os primeiros a sangrar. Por isso, embora em número de reservatórios a notícia seja positiva, em valores totais pouca coisa mudou.
O Ceará está com 32,3% da capacidade hídrica abastecida. Em janeiro, esse número era de 31,4%.
Nenhum dos três maiores reservatórios do Estado possuem um volume acima dos 50%. O Castanhão, maior açude do Ceará, possui 19,87% do nível preenchido; Orós está com 46,41% e Banabuiú, 9,08%. Além disso, outros 64 reservatórios estão com volume inferior a 30%.
Entre as bacias hidrográficas, a de Coreaú é a que tem a maior reserva: 76,1% da capacidade está preenchida. Em segundo lugar vem a do Baixo Jaguaribe, com 70,7%. Acaraú, Litoral Norte e Região Metropolitana de Fortaleza apresentam índices acima de 60%.
Segundo João Lúcio Farias, presidente da Cogerh, é necessário aguardar o fim da quadra chuvosa para traçar um diagnóstico definitivo sobre as reservas hídricas do Ceará.