Conforme documentos obtidos, a Polícia Militar recebeu informações de Inteligência que um membro de uma facção de Canindé estaria escondido em um imóvel, em Mulungu. As duas cidades ficam a cerca de 57 km de distância.
Policiais militares da 2ª Companhia do 29º Batalhão de Polícia Militar se deslocaram para o sítio e abordaram Jorge Luís Silva de Paula, de 33 anos. Com ele, foi apreendido um revólver calibre 38, municiado com seis projéteis, e mais seis munições no bolso da roupa.
Ao vistoriarem o sítio, os PMs encontraram um carro coberto por uma proteção. E, ao descobrir o veículo, os agentes se depararam com um Jeep Renegade adesivado como uma viatura da Polícia Militar.
Os policiais verificaram que se tratava de um carro roubado e “clonado”: as placas NQY-7112 pertenciam a uma ambulância, enquanto as placas do Jeep eram SBU-5G55. O chassi e o motor também tinham a numeração adulterada.
Uma motocicleta roubada também foi apreendida no local. O suspeito, o armamento e os veículos apreendidos foram levados a uma delegacia da Polícia Civil do Ceará (PCCE).
“O suspeito – que já possuía antecedentes criminais por receptação, furto, porte ilegal de arma de fogo, ameaça, vias de fato, e outras infrações previstas na legislação penal e na Lei de Violência Doméstica – foi autuado em inquérito por porte ilegal de arma de fogo, receptação e por adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de identificação, ou qualquer sinal identificador de veículo”, informou a Polícia Militar, em nota.
Contratado para cuidar da casa
Ao ser interrogado pela Polícia Civil, Jorge Luís Silva de Paula afirmou que recebeu uma proposta para cuidar da casa e aceitou. Um motorista foi buscá-lo em casa, junto da esposa e do filho, em Canindé, e os levou até o sítio em Mulungu.
O suspeito disse que o carro já estava no local, coberto por uma lona, e foi disponibilizada uma motocicleta para ele utilizar na região. Ele admitiu que a arma de fogo apreendida era dele, a qual utilizava “para fazer a vigilância do sítio”.
A esposa de Jorge Luís garantiu que o casal não tinha conhecimento da viatura policial ‘fake’. Segundo ela, o contratante do marido pediu para eles não mexerem em nada que tinha na casa.



